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Diferentes táticas permitem que qualquer um dirija por aí sem precisar se preocupar com a pontuação do CNH
(Michael Melo/Quatro Rodas)
Não tem mais jeito: com o cerco das autoridades, cada vez mais motoristas são pegos pela “indústria” da multa. Mas existem algumas táticas para não ter prejuízo nem risco de perder sua CNH que o governo nem sempre revela. Conheça sete truques que vão garantir seu sossego financeiro e sua carteira zerada.
1 - Tolerância (que não é) zero
Por lei, todos os radares (fixos, estáticos e portáteis) no Brasil possuem uma tolerância sobre a velocidade medida. Fazer o cálculo é fácil: até 100 km/h, essa tolerância é de 7 km/h. Acima disso, ela passa a ser de 7%. Então, em um radar de 60 km/h, quem passar a até 67 km/h não tomará multa. O mesmo vale para quem cruzar com um policial a 128 km/h em uma rodovia cujo limite é de 120 km/h.
2 - Chinelo da discórdia
Tá na praia e vai dirigir? Não pense duas vezes e tire seu chinelo antes de sair com o veículo. Isso porque é proibido conduzir um automóvel com calçados que não se firmem adequadamente ao pé (especialmente o calcanhar). Contudo, ao contrário do que muita gente crê, é possível dirigir descalço sem medo do guarda.
3 - Rebaixamento polêmico
Em teoria todo mundo sabe que não se pode estacionar em frente à garagens, mesmo quando elas não estão em uso (como em comércios fechados). Mas parar o carro em frente a uma guia rebaixada não é necessariamente sinônimo de multa. Se não há passagem de veículo sobre a calçada, como em lugares onde uma entrada para carros não existe mais, pode estacionar no local sem medo. Só não confunda com acesso para cadeirantes, pois bloqueá-los também dá multa.
4 - Assunto nebuloso
A maioria dos motoristas já se acostumou à obrigatoriedade de se andar com os faróis baixos (em veículos sem luzes diurnas) ligados na estrada. Mas ainda tem gente que se confunde as luzes do veículo. Não quer tomar multa de jeito nenhum? Não confunda os faróis baixos pelos faróis de neblina na estrada.
As luzes na parte inferior do para-choque projetam a luz em um facho curto e aberto e não têm a mesma eficiência do farol baixo. Por isso, na estrada e à noite os faróis de neblina só podem ser acesos com os faróis baixos ligados.
5 - Preguiça custa caro
Sabe quando alguém vai estacionar o carro em uma rua vicinal de mão dupla e simplesmente para na contramão? Os poucos segundos economizados para dar meia-volta no carro custam caro: neste caso, R$ 130,16 e quatro pontos da CNH do preguiçoso.
Há dois principais motivos para não poder parar ao contrário. O primeiro é que, para fazer isso, você circulou pelo menos alguns metros na contramão. Além disso, os refletores de luz do carro são posicionados nas lanternas traseiras. Então, em caso de vias mal sinalizadas, quem estiver trafegando de noite não verá a luz de seu farol rebatido pela lanterna do veículo estacionado.
6 - Ponto arriscado
Em algumas cidades os órgãos públicos pintam faixas amarelas antes e depois das paradas de ônibus para indicar o trecho da via onde é proibido estacionar. Mas se engana quem acha que, onde não há indicação, é possível estacionar em qualquer lugar. Segundo o CTB, na ausência de sinalização horizontal, é proibido estacionar dez metros antes ou depois de um ponto de ônibus, permitindo que o coletivo possa se aproximar do meio-fio para o embarque e desembarque de passageiros. Na falta de uma trena, é melhor não estacionar perto do ponto.
7 - Não tem botão mágico
Ligar o pisca-alerta não isenta você de multas. Isso porque o CTB considera como estacionamento qualquer parada que vá além do tempo necessário para embarque e desembarque de passageiros. Não adianta estar dentro do carro com o motor ligado. E em lugares onde é proibido encostar não tem nem trinta segundos. Nesses lugares, se você parar por qualquer motivo que não seja emergência ou tráfego, será multado.